domingo, 4 de março de 2012

Primeiras incursões balinesas

Escrevendo de manha cedinho, enquanto Paula e Daniel ainda dormem. Chegamos em Ubud, um vilarejo no centro de Bali, ontem de noite, depois de um dia passeando pela ilha. Diferente de Kuta, que e cheia de boates e restaurantes famosos, aqui e uma área bem mais tranqüila, que parece ter mais a ver com o antigo espirito balines mesmo. Inclusive, eh o lugar onde a mulher de Comer, Rezar e Amar veio amar...hehe Trata-se de uma ruazinha cheia de lojas e restaurantes, bem bonitinha,de onde saem alguns passeios para outras áreas de ilha, como o vulcão e a monkey town. Mas ainda não tenho muito a dizer sobre o lugar porque chegamos tarde e muito cansados ontem e ainda não tivemos tempo de ver praticamente nada.

Ontem, alias, passamos o dia passeando de carro com o motorista que alugamos para nos levar para dois templos hindus da ilha. O primeiro foi o Tanah Lot, um que fica em uma ilhota no mar, que da para ir andando quando a maré esta baixa. Ir andando até a entrada, porque não e possível entrar lá. Mas o lugar e tão turístico, mas tão turístico, que não se sente qualquer religiosidade lá, parece mais a Disneylandia hindu, com muitas pessoas fotografando e lojas vendendo todo tipo de tranqueira possível. Logo na entrada, inclusive, no caminho que vc vai andando ate a praia, tem ate lojas da Polo Ralph Lauren e Billabong. O que isso tem a ver com o ambiente ou o que deveria ser o clima do lugar? E o templo em si, bem poderia ser la na praia de Itaipu, em Niterói, e ninguém ia dar bola... Haha O segundo templo que visitamos, e esquecemos o nome, no entanto, era bem mais interessante. Menos conhecido e, por isso, bem mais vazio, transmitia uma sensação de relaxamento e paz que dava vontade de ficar deitado nos gramados lindos e super bem cuidados. Os detalhes da arquitetura também eram bem bonitos, dava gosto de ver. E eu achei engraçado que, bem na entrada, tinha uma placa alertando que mulheres menstruadas eram terminantemente proibidas de entrar no templo. Quem verifica?

Depois dos templos,o motorista nos levou para conhecer uma fabrica de café local, porque a Indonésia e um dos principais produtores de café no mundo. Nessa fabrica e produzido o Kopi Luwak, o cafe mais caro do mundo. Ele e feito das sementes extraídas das fezes do mongoose, um coitado de um bicho parecido com um gambá, que passa o dia inteiro numa gaiola comendo sementes de café, que depois saem no coco e são reaproveitadas. Eu achei que fosse ser mais uma daquelas atracões chatas pra vender coisas pra turistas, mas acabou sendo a parte mais legal do passeio. O lugar era lindo, numa região montanhosa cercada de arrozais, parecia que estávamos dentro do cenário de um filme. E foi numa mesa bem rústica, com uma vista incrível para os arrozais, que sentamos para degustar uma xícara do kopi Luwak e de outros tipos de café produzidos lá, como o café com ginseng e o com cacau. O lugar era tão lindo e aprazível que acabamos ficando bem mais tempo do que os outros visitantes, só conversando e pensando na diferença sensível em como o tempo e percebido aqui nessas regiões da Ásia e no ocidente, onde estamos sempre com pressa, correndo de um lado pro outro pra trabalhar e comprar coisas e sem tempo pra parar e pensar em nada direito.

Depois disso tudo, viemos pra Ubud para comer uma refeição realmente decente e sem economia. Isso porque, desde que chegamos,só vínhamos comendo arroz e macarrão, com quase nada de carne e muito pouca sustância. Os pratos são uma miserinha, com muito arroz e uns três pedacinhos de carne que não dão nem pra saída e só servem pra deixar o Daniel irritado com, como ele diz, "a desproporção entre a quantidade de carboidratos e proteínas" no prato. haha determinados a mudar isso, rodamos, rodamos e acabamos decidindo comer o menu do dia de um dos restaurantes chiquezinhos da vila. Por 7 dólares, o prato incluía pato, amendoim, sambal e outras coisas esquisitas que soavam muito gostosas. Mas quando chegou,era um pato magrinho, assado no formato e só faltando ter penas e grasnar na nossa mesa. Nossa cara de decepção deveria ter sido fotografada, deu muita vontade de rir. Destrinchando bem, os 3 pedaços de cane que consegui arrancar ate que estavam bem gostosos, mas aquela não era, definitivamente,a idéia de uma refeição cara e rica em proteínas. haha

Hoje a idéia e sair a pé pelos arredores, visitar a monkey town e ver o que mais Ubud nos reserva. Por incrível que pareça, Bali e uma viagem muito mais cultural, voltada a templos e arte, do que de praia. As praias tem ondas gigantes e boas para o surfe mesmo, e sao muito turisticas, por isso a nossa idéia e conhecer as que ficam mais pro norte da ilha, uma área mais inexplorada. Acho que devemos ir pra lá depois de amanha, ou algo assim, não temos planejado nada e eh assim que eh bom. :)

Ah, estou tentando colocar umas fotos aqui, mas o iPad não quer deixar. Vou tentar convence-lo e, logo que possível, posto aqui!

3 comentários:

  1. Vai ver é por isso, Thaís, que eles consomem as proteinas vegetais... os patos são magrinhos...

    E o aviso na entrada do templo, tem a ver com a perda da energia vital, ou é do tempo em que não usavam absorventes... sei lá...

    A mulher de Comer, Rezar e Amar, descobriu um brasileiro por aí. E vocês? Encontraram brasileiros?

    Muito legal as escolhas de passeios!
    Cuidem-se e divirtam-se!!!
    bjs

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  2. Thaís, para o Dani ficar menos irritado rsrs diga para ficar atento a outras fontes de proteína: clara de ovo, amêndoas, queijo, tofu, leite, feijão branco, lentilha, grão de bico, bacalhau, para compensar a pouca carne.

    Bons passeios e cuidem-se todos!

    Monica Escudeiro

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  3. hahahahahahaha muito bom! desproporção entre carboidratos e proteinas ! so daniel mesmo!hahahahha
    manayra

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