quarta-feira, 21 de março de 2012

Phi phi... E c'est fini!

Passamos nossa semaninha em Phi Phi Island completamente sumidos do blog e quase sem dar notícias, mas aqui estou eu novamente, num esforço hercúleo, tirando inspiração não sei de onde,  para escrever o ultimo post da viagem, o episódio final desta temporada. O nosso tempo lá foi excelente e tão agitado que, aos dias de sol intenso, combinados com praias de água cristalina, noitadas memoráveis e baldinhos de rum tailandês com tequila; somaram-se ressacas homéricas, diarreias, gripes, inflamações de garganta, torcicolos e uma quase fratura vertebral. Ou seja, acontecimentos demais que fizeram com que tivéssemos de optar entre sobreviver ou escrever. Mas agora voltamos, direto de Phuket,  pra contar um pouco de como foi e nos despedir de mais essa aventura.

Koh Phi Phi é realmente uma ilhazinha alucinante, cercada de água translúcida, peixes de tudo quanto é tipo e montanhas lindíssimas, tudo isso acompanhado de bebidas baratas e gente jovem e maluca disposta a fazer festas até o amanhecer. Com certeza uma ótima escolha termos ido pra lá, e aproveitamos tudo o que podíamos e até um pouco mais do que devíamos. Tanto que eu agora estou rouca e toda encatarrada de gripe e Daniel, ainda meio torto e cheio de dores, porque pulou de um rochedo de 30m de altura e caiu de mau jeito na água. Quem diria que, ao fim dessa viagem, nossa velhinha Paula seria o membro mais saudável do grupo! haha

Fizemos passeios de barco para as ilhas e praias em volta, comemos e bebemos à beça, fizemos amiguinhos e até cogitamos acampar uma noite em Maya Bay, A Praia, aquela ilha desabitada do filme com o Di Caprio, de cuja fama aTailândia vive até hoje. Acabamos resolvendo não fazer isso, mas quase fizemos de qualquer jeito, porque o barco de passeio em que estávamos nos esqueceu lá e vimos que o sol já ia se pondo, não havia quase ninguém mais na ilha, os últimos barcos já tinham ido embora e só ia sobrar a gente na praia, sem água, sem comida e sem uma comunidade hippie pra tocar violão e cantar Bob Marley. A sorte foi que conseguimos pegar carona com um outro barco, que nos levou até o nosso, onde as pessoas estavam vendo o pôr-do-sol e jantando sem ligar a mínima para o fato de que não estava todo mundo lá.

No mais, deu tudo muito certo e as fotos que colocaremos no facebook falam por si sós sobre a beleza do lugar e o tempo que passamos lá. (tentei muito, mas não consegui botar as fotos aqui hoje, internet péssima!)

Amanhã seguimos para Cingapura, depois Jakarta e depois de quase dois dias voando, chegamos no Rio na sexta-feira à tarde, mortos de cansaço e ligeiramente adoentados, mas muito mais ricos em experiências e histórias para contar, que vamos lembrar depois e rir muito ainda. Foram muitos os personagens lendários que marcaram essa viagem, como a figura do motorista de taxi balinês, a russinha Olga, que não falava quase nada de inglês e perguntava o porquê de tudo, e o Marcelo, um vagabundo brasileiro que conhecemos em Gili Island e era o maior pela-saco da história das viagens, nosso assunto e alvo de zuações até o fim. 

Incrível como algumas pessoas que passam pela nossa vida de forma tão fortuita acabam deixando tantas marcas. E não só pessoas, mas situações, acontecimentos,  lugares, que tanto te enchem de novas ideias como, também, te fazem perceber o que você já tem e muitas vezes não valoriza por estar perto, por estar ali tão fácil e tão ao seu alcance. É como pensar numa bela moqueca ou picanha na tábua bem suculenta quando tudo que está a sua volta é arroz e galinha cozida. E a certeza de que os melhores momentos, pelo menos pra mim, quase sempre são aqueles que eu não esperava, para os quais eu não estava bonitamente vestida nem maquiada, mas simplesmente aconteceram. Aquelas risadas com os amigos, o sol se pondo devagarinho no céu todo alaranjado,  aquele restaurante pelo qual você não dava a mínima, mas que te serve o melhor peixe que você já comeu. Pra isso tudo, uma só palavra: serendipidade.

Serendipity, a expressão criada pela ciência que nada mais é do que a boa fortuna de conseguir resultados positivos em situações inesperadas. E o que é a vida senão uma eterna serendipidade? Se a gente para pra pensar, vê que é assim que  conheceu os namorados, os melhores amigos, passou os melhores dias e momentos. É viver sem planejar muito, deixar as coisas acontecerem, fazendo por onde, claro, e ter a cabeça aberta para aceitar e tirar o melhor proveito de tudo que acontecer. E o que pode ser melhor para perceber isso do que viajar? E voltar pra casa feliz, porque voce viveu muito, viu muito, conheceu tanta gente e agora vai chegar em casa, no seu país, com sua família, seus amigos, seu namorado, seu prato de arroz, feijão, bife e batata frita; sabendo que muitas outras viagens virão mas que, a principal delas, é a que existe nos seus olhos, na sua forma de encarar o dia-a-dia e tudo que acontece.

Sim, isso é brega, é clichê e soa como alguma porcaria que o Paulo Coelho poderia ter escrito. Mas é o que aprendi nessa viagem e é como eu quero sempre levar a minha vida. Trabalhando, ralando, mas com a cabeça aberta e fazendo sempre com que cada ida à praia, cada trilha, cada cervejinha no bar da esquina e cada encontro seja uma nova viagem, uma nova aventura. Porque no fim das contas, 90% de tudo que acontece, acontece nos nossos olhos e na nossa cabeça, independente de onde a gente esteja, e no fim das contas, como dizia uma tatuagem que vi por aqui, "in the end it all flies away".

5 comentários:

  1. Boa viagem e bem-vindos!!!!!!!!!!!!

    A pessoa se cuida, se trata com carinho, pra no fim a amiga chamar de velhinha... nasceu quantos dias mesmo antes de você?????

    Foram pra Phuket e não Phudeu, por isso deu tudo certo! mesmo com cicatrizes...

    Estou bem feliz por ver que vocês aproveitaram!!!! Que venham outras!!!

    Beijos!!!! E aproveitem pra dormir no voo, aqui tem muita gente querendo notícias, ninguém vai deixa-los dormir tão cedo!

    ResponderExcluir
  2. Como o famoso filosofo Michel Telo diz "assim você me mata" praias de aguas cristalinas é o maior barato, agora eu quero ir pra Taliandia. Foi bom lêr este blog pois incetiva a fazer umas loucuras por essas partes do mundo, bota as fotos no blog para poder ver essas ilhas

    Jorge

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Oi, Jorge! Não tô conseguindo mesmo botar as fotos aqui. Vc tem facebook? vou fazer um album lá :)

      Excluir
    2. Ola, vou te procurar no FB, e te adicionar ta bom

      Excluir
  3. É isso aí... Aguardamos ansiosos o retorno de vocês. Estamos com muitas saudades. Boa viagem!
    Beijos, Lena

    ResponderExcluir