quarta-feira, 21 de março de 2012

Phi phi... E c'est fini!

Passamos nossa semaninha em Phi Phi Island completamente sumidos do blog e quase sem dar notícias, mas aqui estou eu novamente, num esforço hercúleo, tirando inspiração não sei de onde,  para escrever o ultimo post da viagem, o episódio final desta temporada. O nosso tempo lá foi excelente e tão agitado que, aos dias de sol intenso, combinados com praias de água cristalina, noitadas memoráveis e baldinhos de rum tailandês com tequila; somaram-se ressacas homéricas, diarreias, gripes, inflamações de garganta, torcicolos e uma quase fratura vertebral. Ou seja, acontecimentos demais que fizeram com que tivéssemos de optar entre sobreviver ou escrever. Mas agora voltamos, direto de Phuket,  pra contar um pouco de como foi e nos despedir de mais essa aventura.

Koh Phi Phi é realmente uma ilhazinha alucinante, cercada de água translúcida, peixes de tudo quanto é tipo e montanhas lindíssimas, tudo isso acompanhado de bebidas baratas e gente jovem e maluca disposta a fazer festas até o amanhecer. Com certeza uma ótima escolha termos ido pra lá, e aproveitamos tudo o que podíamos e até um pouco mais do que devíamos. Tanto que eu agora estou rouca e toda encatarrada de gripe e Daniel, ainda meio torto e cheio de dores, porque pulou de um rochedo de 30m de altura e caiu de mau jeito na água. Quem diria que, ao fim dessa viagem, nossa velhinha Paula seria o membro mais saudável do grupo! haha

Fizemos passeios de barco para as ilhas e praias em volta, comemos e bebemos à beça, fizemos amiguinhos e até cogitamos acampar uma noite em Maya Bay, A Praia, aquela ilha desabitada do filme com o Di Caprio, de cuja fama aTailândia vive até hoje. Acabamos resolvendo não fazer isso, mas quase fizemos de qualquer jeito, porque o barco de passeio em que estávamos nos esqueceu lá e vimos que o sol já ia se pondo, não havia quase ninguém mais na ilha, os últimos barcos já tinham ido embora e só ia sobrar a gente na praia, sem água, sem comida e sem uma comunidade hippie pra tocar violão e cantar Bob Marley. A sorte foi que conseguimos pegar carona com um outro barco, que nos levou até o nosso, onde as pessoas estavam vendo o pôr-do-sol e jantando sem ligar a mínima para o fato de que não estava todo mundo lá.

No mais, deu tudo muito certo e as fotos que colocaremos no facebook falam por si sós sobre a beleza do lugar e o tempo que passamos lá. (tentei muito, mas não consegui botar as fotos aqui hoje, internet péssima!)

Amanhã seguimos para Cingapura, depois Jakarta e depois de quase dois dias voando, chegamos no Rio na sexta-feira à tarde, mortos de cansaço e ligeiramente adoentados, mas muito mais ricos em experiências e histórias para contar, que vamos lembrar depois e rir muito ainda. Foram muitos os personagens lendários que marcaram essa viagem, como a figura do motorista de taxi balinês, a russinha Olga, que não falava quase nada de inglês e perguntava o porquê de tudo, e o Marcelo, um vagabundo brasileiro que conhecemos em Gili Island e era o maior pela-saco da história das viagens, nosso assunto e alvo de zuações até o fim. 

Incrível como algumas pessoas que passam pela nossa vida de forma tão fortuita acabam deixando tantas marcas. E não só pessoas, mas situações, acontecimentos,  lugares, que tanto te enchem de novas ideias como, também, te fazem perceber o que você já tem e muitas vezes não valoriza por estar perto, por estar ali tão fácil e tão ao seu alcance. É como pensar numa bela moqueca ou picanha na tábua bem suculenta quando tudo que está a sua volta é arroz e galinha cozida. E a certeza de que os melhores momentos, pelo menos pra mim, quase sempre são aqueles que eu não esperava, para os quais eu não estava bonitamente vestida nem maquiada, mas simplesmente aconteceram. Aquelas risadas com os amigos, o sol se pondo devagarinho no céu todo alaranjado,  aquele restaurante pelo qual você não dava a mínima, mas que te serve o melhor peixe que você já comeu. Pra isso tudo, uma só palavra: serendipidade.

Serendipity, a expressão criada pela ciência que nada mais é do que a boa fortuna de conseguir resultados positivos em situações inesperadas. E o que é a vida senão uma eterna serendipidade? Se a gente para pra pensar, vê que é assim que  conheceu os namorados, os melhores amigos, passou os melhores dias e momentos. É viver sem planejar muito, deixar as coisas acontecerem, fazendo por onde, claro, e ter a cabeça aberta para aceitar e tirar o melhor proveito de tudo que acontecer. E o que pode ser melhor para perceber isso do que viajar? E voltar pra casa feliz, porque voce viveu muito, viu muito, conheceu tanta gente e agora vai chegar em casa, no seu país, com sua família, seus amigos, seu namorado, seu prato de arroz, feijão, bife e batata frita; sabendo que muitas outras viagens virão mas que, a principal delas, é a que existe nos seus olhos, na sua forma de encarar o dia-a-dia e tudo que acontece.

Sim, isso é brega, é clichê e soa como alguma porcaria que o Paulo Coelho poderia ter escrito. Mas é o que aprendi nessa viagem e é como eu quero sempre levar a minha vida. Trabalhando, ralando, mas com a cabeça aberta e fazendo sempre com que cada ida à praia, cada trilha, cada cervejinha no bar da esquina e cada encontro seja uma nova viagem, uma nova aventura. Porque no fim das contas, 90% de tudo que acontece, acontece nos nossos olhos e na nossa cabeça, independente de onde a gente esteja, e no fim das contas, como dizia uma tatuagem que vi por aqui, "in the end it all flies away".

segunda-feira, 19 de março de 2012

Phi phi

Estamos sumidos, mas em Phi Phi Island e muito bem. Isso aqui é mesmo o paraíso. Foi ótimo ter voltado pra Tailândia. Estamos aproveitando tanto que a saúde ta acabando e mal ta dando tempo de escrever aqui.hehe Mas de amanha nao passa!

quarta-feira, 14 de março de 2012

Ué, na Tailândia?

Estamos na Tailândia. Randômico, muito aleatório, mas hoje de manhã estávamos  vendo aonde  ir e acabamos comprando uma passagem para Phuket, de onde escrevo. A idéia inicial era ir pra ilha indonesia de Sulawesi, onde nos disseram ter boas praias, mas tivemos um estalo cerebral e viemos pra cá. 

E eu, que achei que nunca mais voltaria pra Tailândia, cá estou de novo, um ano depois. Sempre evito voltar para lugares onde já estive, porque tem muito país no mundo para visitar e porque, também, é complicado tentar repetir experiências de viagem que já tinham sido tão boas. Por isso, quando saí da Tailândia no começo de 2011, me despedi com o coração apertado do que foi, provavelmente, o lugar mais legal que já visitei e onde nunca mais pisaria. Mas agora estou de volta, mais velha, na companhia de outros amigos e outras perspectivas. Então esse  restinho da viagem tem tudo pra dar certo e ser uma experiencia bem diferente da anterior, vamos ver.

Nossa idéia é ir amanha de Phuket pra Koh Phi Phi Don, uma ilha que dizem ser o máximo mas que nao tive tempo de ir da outra vez. Ela fica perto de  Phi Phi Leh, a ilha inabitada onde filmaram A Praia, e que é a coisa mais linda do mundo. To com uma alegria quase infantil com a perspectiva de voltar, talvez desta vez a ficha caia de que realmente estive lá! hehe  Depois daqui, estamos tentando mudar a passagem para voltar pro Brasil de Bangkok, o que seria excelente, mas ainda nao tem nada resolvido.

Uma coisa boa de termos vindo pra cá é que, sinceramente, a Indonésia já tinha dado tudo o que tinha pra dar. Em termos de atrações turísticas, infra-estrutura e índice de diversão, não pode se comparar em nada com a Tailândia, pelo menos na minha humilde opinião. Bali ficou tão famosa e tão falada, que virou um lugar batido, extremamente turístico, mercantilizado e com pouco ou nenhum charme. Tudo caro, esculhambado e os nativos... Sinceramente, já estávamos sem paciência. Uma coisa que tava me irritando muito lá, por exemplo, é isso de ter de pechinchar pra tudo. Assim: se vc queria comprar uma blusa que valia 3 dólares, o vendedor falava que era 50,  pra vc ter que ficar um tempão barganhando e no final ele te vender por 10. Chega uma hora que isso simplesmente dá no saco e vc se cansa de olhar, se cansa dos nativos e nem pergunta mais nada. 

Aliás, a gente tava, inclusive, querendo fazer um post só sacaneando a Indonésia, que nos recebeu muito bem e tudo, mas que deixa a desejar em várias áreas. Daniel, por exemplo, andava tão sem paciência com os garçons de lá que já tava querendo arrumar briga com o próximo que nos trouxesse a conta errada. Segundo ele, a entrevista de emprego pra garçon lá é assim: joga uma bola nele e fala "-pensa rápido!". Se ele tomar uma bolada na cara, ele é contratado. hahaha Já a Paula, por sua vez, estava cansada de se decepcionar todas as vezes com os pratos de qualquer restaurante lá. Ontem, tadinha, pediu um macarrão de beef toda feliz que ia finalmente comer carne e trouxeram uma salsicha toda nojenta. Tínhamos que ter fotografado a cara dela! hahaha Enquanto eu e Dani estamos ficando com formato de panqueca, essa menina vai voltar ainda mais magrinha... rs

Mas chega desses desabafos de turistas trouxas.  Detesto dar dicas de viagens, mas se eu puder ser útil pra alguém que vá pra Bali, deixo só as seguintes:

- só pegue taxi com taxímetro, ou vão te cobrar muito, muito mais por qualquer corrida

- quando for trocar dinheiro, conte vc mesmo e guarde depois. Em Bali é comum os caras contarem na sua frente e, na hora de te entregar, roubarem m pouco e colocarem numa gavetinha. É um golpe famoso, fizeram  isso comigo, perdi 20 dólares 

boa ação feita, agora é hora de aproveitar Phuket. Sawasdee, amigos! fiquem, 
finalmente, com algumas fotos dos dois últimos dias na Indonésia. Amanha coloco mais algumas fotos aleatórias.


A pessoa feliz indo mergulhar debaixo de chuva


Prainha chuvosa em Gili Air


O fundo de vidro do barco


A cor da água em Gili Trawangan


Parte da trilha para as cachoeiras de Lombok


E mais uma parte da trilha,dentro de um túnel por onde passa o rio... A melhor parte


Daqueles momentos em que vc percebe o quanto é insignificante diante da natureza


Tomando uma Bintang geladinha na praia de Biing


Olha lá,Dreamland!


Paula dando seus pulos em Padang-padang


No templo de Uluwatu


A cara de blasé do pivete... Cara de bonzinho, de quem nao vai fazer nada... Ate que arranca seu brinco, rouba seu chinelo, te mata... hahah


Dividindo o fruto dos crimes na cracolandia


O meliante que assaltou Daniel

terça-feira, 13 de março de 2012

Último dia em Bali

Escrevendo de Kuta, Bali, de novo. Andei sumida do blog porque os últimos dias foram muito agitados. Saímos de Gili Trawangan anteontem de manhã e, depois de uma jornada muito sofrida de barco num calor úmido horroroso, chegamos em Kuta, de onde pegamos um taxi e fomos pro sul de Bali. É lá que ficam as praias de surf da ilha e o templo de Uluwatu, o mais famoso daqui. 

Os dois últimos dias nas ilhas Gili foram os melhores. Em um deles fizemos um passeio de barco para mergulho com snorkel e visita às duas outras ilhas: Meno e Air. O tempo estava tenebroso, céu preto, chovia copiosamente, mar revolto e o dia nao era, absolutamente, propício para atividades marítimas. Vai ver foi por isso que foi legal, com mais emoção... hehe O barco tinha fundo de vidro, dava pra ver os corais, as coisinhas da água, bem interessante. Mas as outras duas ilhas em si nao tinham nada de muito marcante.

Depois disso, estávamos dispostos a ir embora no dia seguinte. Mas aí, conversando com dois amigos belgas que estavam no nosso hotel, a Annelies e o Reoland, ficamos sabendo que a ilha de Lombok tinha duas cachoeiras lindas. Conversa vai e vem, acabamos resolvendo ficar mais um dia pra ir com eles conhecer. Depois de barco, carro e trilha, chegamos nas cachoeiras e elas eram realmente lindíssimas. E o melhor é que só tinha a gente lá, sem turistada pra encher o saco. Foi de lá a foto que postei aqui da ultima vez. Valeu muito a ida, acho que foi a cachoeira mais bonita que eu já vi! E a companhia tb foi mt boa, já que os nossos amiguinhos eram muito divertidos e super gente boa, tanto que de noite fomos todos jantar juntos e no dia seguinte eles pegaram o barco com a gente para ir embora.

De Gili, então, como eu disse, fomos pra Uluwatu com o objetivo de hoje conhecer as praias de surf famosas e o templo de mesmo nome. Fomos às praias de Padang-Padang e Biing, e de longe, vimos tb a Dreamland. Muito boas para quem quer surfar, nem tão boas para quem nao surfa, apesar de lindas. E o templo de Uluwatu, por sua vez, era bem bonito, em cima de um penhasco no mar, uma vista deslumbrante. E cheio de uns macacos psicopatas, ladroes, sem vergonha... uns verdadeiros pivetes e, por isso mesmo, a graça do lugar, pq no fundo todo mundo gosta é de ficar vendo o que eles vão aprontar. É preciso ficar esperto lá, porque eles roubam brincos, câmeras, chinelos. Inclusive, um deles tentou roubar um pé das Havaianas do Daniel e chegou a arrancar e tudo, mas ele conseguiu pegar de volta. E passou o resto do tempo xingando os macacos... hehehe

De lá viemos aqui pra Kuta,  que fica perto do aeroporto, porque estamos decidindo aonde iremos hoje. Eu tinha muita coisa pra escrever, de curiosidades, coisas engraçadas que aconteceram, etc, mas estou absolutamente cansada e sem inspiração. Isso de demorar a escrever é mt chato, porque os assuntos se perdem. Mas daqui pra frente vou escrever com mais regularidade, até porque estaremos mais sossegados. Enquanto isso nao acontece, deixo um beijo para os nossos três ou quatro leitores  e o pedido de desculpas por nao postar as fotos hj, mas a internet aqui no hotel eh terrível e nao to conseguindo fazer o upload. Do próximo post as fotos nao escapam :)



 

domingo, 11 de março de 2012

Rapidinhazinha

Amigos! Sem nenhum tempo de escrever hoje,passando só pra dizer que ficamos em Gili mais um dia e amanha seguimos pra Bali. Deixo uma foto do que fizemos hoje (cachoeiras na ilha de Lombok) como aperitivo e prometo colocar um montão de fotos aqui amanha, quando tivermos uma internet decente. Beijos a todos!

sábado, 10 de março de 2012

Errata e outras coisas

Atenção! Aqui é o Daniel escrevendo. A Thaís me passou a bola hoje, cansou de escrever por enquanto mas já ela volta.

Por isso, incautos leitores, resolvi fazer uma errata de algumas besteiras que nossa querida blogueira andou escrevendo. Amanhã sairemos de Gili Trawangan de volta pra Bali, sob protestos meus, que moraria aqui por mais uns dois meses, e exploraremos mais a região sul e norte da ilha. Depois disso, Java e sabe-se lá mais o quê. Gili foi um dos pontos altos da viagem, mas ainda temos vários dias pela frente, muitas tempestades e Nasi goreng. Agora, a errata:

- o nome do vulcão de Bali é mount Batur, e não Kintamani. Esse era apenas o nome da região do vulcão, mas a Thaís resistiu bravamente a essa informação.
- Wayan não significa segunda feira, nem terça, nem nada. Era o segundo nome do guia que significava segunda.
- não existe Monkey Town em Ubud, e sim Monkey Forest.
- essa é só uma curiosidade: a "Ubud" de Bali no filme foi filmada em uma outra parte ao norte da ilha, pq a Ubud real não tem mais aquele clima de vilarejo interiorano que eles queriam.

Yes please, no próximo a Tatá estará de volta, com fotos! 

sexta-feira, 9 de março de 2012

E veio a chuva...

Foi só eu falar que o tempo estava bom aqui da ultima vez, que Ala resolveu baixar a nossa bola e mandou um montão de chuva pra gente se colocar no nosso lugar. Começou ontem de manha cedo, quando estávamos tomando café e caiu um temporal daqueles clássicos, com direito a muita água, raios e trovoadas. Ficamos deitados nos pufes do Café Gili por umas duas horas, conversando, comendo e vendo coisas na internet enquanto esperávamos a chuva baixar.  Sentindo aquele cheiro gostoso de chuva caindo no mato que a gente já não tem mais muita chance de sentir na cidade grande.

E foi indo e indo ate que, de repente, tao do nada como comecou, a tempestade acabou. Mas chuvas e chuviscos esparsos seguiram ao longo de todo o dia, e o passeio de barco que faríamos, visitando as 3 Gilis, foi suspenso devido a chuva. Como Trawangan eh uma ilha bem rústica, não tem praticamente nada pra fazer além de ir a praia e comer, e eh difícil se manter seco quando todos os lugares sao abertos e com piso de areia. Mas como a gente eh brasileiro e insistente, resolvemos não deixar nada disso abalar nosso moral, então colocamos as roupas de banho e alugamos bicicletas pra dar a volta na ilha mesmo assim. E valeu a pena: nossa gilizinha eh pequena mas tem umas paisagens bem bonitas.

De noite comemos um peixe grelhado bem barato num restaurante onde uma banda local tocava as versões mais deprimentes de musicas famosas, cheias de efeitos como o badalar de sinos e barulhos de trovões. Ate Metallica eles tocaram assim, uma coisa realmente notável, de um jeito bem estranho. Eh engraçado que a globalização homogeneíza tudo, faz com que a gente encontre os mesmos artesanatos em quase todo lugar do mundo (deve ser uma distribuidora chinesa de alcance mundial, sei lá), as mesmas músicas, roupas parecidas, etc, mas algumas características locais se mantém mesmo assim, e a gente pode perceber nesses pequenos momentos, como o de uma banda indonesia estuprando uma música do Metallica com sinos ou o de um prato internacional servido num restaurante com os temperos e alimentos locais. Acho isso muito bom, na verdade, que mundo chato seria se tudo fosse sempre a mesma coisa em todos os lugares...

Alias, conforme já comentei aqui, uma das coisas que eu mais gosto em viagens eh reparar na população local e nas pequenas características que tornam cada lugar único, mesmo sendo um balneário internacional que recebe visitantes de todos os lugares.  Aqui na Indonésia, eh  notável a simpatia dos locais e o fato de estarem sempre sorrindo e dispostos a conversar, mesmo que não estejam entendendo uma palavra do que estamos falando em inglês. Eles começam qualquer frase para os turistas com"yes, please", não importa se estejam te oferecendo um serviço, como, por exemplo, um taxi -"yes, please, taxi?", te indicando uma direção que vc tenha perguntado - "yes, please, the Temple will be open", ou dizendo qualquer outra coisa em que "yes, please" não se encaixaria. Acho isso bem engraçado. Isso e o fato de eles colocarem um ovo frito em cima de qualquer comida. Tanto que os dois pratos principais indonésios sao um macarrão (mie goreng) e um risotinho com galinha (nasi goreng), ambos cobertos com um ovo frito.

Outra peculiaridade de todos os lugares que passamos ate agora eh o fato de que não se vê praticamente nenhum cachorro na rua, mas muitos gatos. E gatos de uma espécie esquisita, menores que os vira-latas brasileiros e com um rabo pequenininho e enrolado. Mas igualmente sem vergonhas como qualquer outro gato. hehe Depois vou ver se posto uma foto de um bichano desses aqui, assim como outras fotos, mas preciso de uma internet melhor do que essa banda apertadinha do café pra conseguir fazer o upload. A quem estiver lendo, um beijo e daqui a pouco voltamos ao blog. Parece que o tempo vai abrir, já rola um mormaço, oremos. :P

quinta-feira, 8 de março de 2012

Gili Trawangan: chegamos!

PARTE 1

Acordamos ontem com a maior chuva em Ubud, pensando que agora o tempo tinha ferrado de vez e choveria o dia todo. Tanto que decidi, por conta própria, comprar um guarda-chuva e um tênis novo, me rendendo de vez ao clima de monções, quente e chuvoso, desta epoca do ano, que tanto tinham nos avisado antes de virmos. O efeito Murphy, felizmente, foi imediato: logo depois parou de chover. E foi melhorando ainda mais: quando chegamos no porto do outro lado de Bali para pegarmos o barco para as  ilhas Gili, o tempo já estava aberto e muito quente, com sol e tudo.

As pouco mais de duas horas de barco rápido foram bem tranqüilas, apesar dos eventuais atrasos e contratempos comuns dos países de terceiro mundo (atrasos para sair, informações desencontradas, medo de termos sido tapeados). Quando chegamos em Gili Trawangan, a principal das 3 ilhas, quase não pudemos acreditar no sol e na água cor de Caribe que estávamos vendo. 

PARTE 2

"Isso aqui e o paraíso: praias perfeitas, hotel e comida baratos e um monte de loira de olho azul. Quero ver quem vai me tirar daqui." por ESCUDEIRO, Daniel

Eh, parece que a idéia de viagem vai se alterar de novo... haha 

As Gili Islands parecem tão lindas que acho que vamos acabar ficando mais tempo aqui, ainda mais agora que descobrimos que as ilhas Maluku (aonde queríamos ir principalmente por causa do nome) estão em guerra religiosa e Sumatra eh um fim de mundo onde as viajantes tem de andar todas tapadas e não podem sair sozinhas na rua  - essa certamente não eh minha idéia de ferias. E por falar em andar tapada, coisa boa foi finalmente poder botar o biquíni e mergulhar no Indico morninho. Cultura eh muito bom mas eu gosto mesmo eh de praia! hahaha

Se bem que nem fizemos muita coisa, já que chegamos na ilha lá pelas 4. Só mesmo sentamos num bar na praia principal para almoçar a arroizada típica do pais e tomar uma Bintang geladinha entre um mergulho e outro.  Os bares aqui tem umas tendas bem rústicas feitas de bambu e com almofadas pra gente sentar e apreciar o mar, muito bom pra descansar depois da viagem de barco. 

Uma curiosidade daqui eh que, apesar de ficar só a 2 horas de Bali, as ilhas Gili falam outro dialeto e sao muçulmanas, uma cultura totalmente diferente. Nosso hotel fica ao lado de uma Mesquita, então ficamos ouvindo os cânticos e rezas, enquanto as pessoas passam na rua de roupas de banho e roupas bem peladas. Uma mistura bem inusitada.

Ontem de noite fomos para uma festa na praia cheia de gente maluca e um monte de brasileiros.  A lua estava cheiona e muito linda, refletindo no mar. O banheiro do nosso hotelzinho tem o chuveiro ao ar livre, como uma ducha de sauna, então o banho (invariavelmente frio aqui na ilha) eh debaixo do céu estrelado. Bom demais.

A idéia hoje de manha eh alugar uma bicicleta e dar a volta na ilha parando em todas as praias. Estamos bem empolgados. Mais tarde vou ver se entro de novo para dar mais detalhes sobre as ilhas e postar fotos. O chato eh que nao temos internet no hotel, então tenho que vir para um café para conectar, mas faz parte...

terça-feira, 6 de março de 2012

Dia de vulcão e um tchauzinho pra Ubud

Ultima noite em Ubud e fazendo um esforço danado pra vencer a preguiça e conseguir escrever. Hoje o dia foi muito cheio e estamos os três mortos de cansaço. E eu, pra melhorar, ainda cai de bunda no chão e por isso to com o lado direito roxo e todo ralado e as duas pernas machucadas, troncha e cheia de hematomas. Mas ao contrario do senhor Daniel, que ficou dormindo arrasado no hotel, consegui juntar forcas pra ir comer pizza e beber Bintang com a Paula no Napi Orti, um barzinho aqui perto. E como valeu a pena: tinha uma banda tocando clássicos do rock, como Deep Purple e Doors, acompanhados de um hindu tocando tambor balines, uma mistura sensacional!

Mas o que nos deixou tao cansados hoje foi o fato de o dia ter começado ja as 5 da manha, quando o motorista veio nos buscar para subirmos a trilha que leva a cratera do vulcão kintamani, um dos picos mais altos de Bali, com mais de 1700m de altitude. Ele ainda eh bem ativo, com a ultima erupção tendo acontecido em 2000, o que em termos geológicos corresponde a manha de hoje. A crAtera e deslumbrante, muito grande e ampla e com o lago Batur no meio, uma vista inesquecível. Valeu muito a visita, a caminhada de tirar o fôlego, o contato com uma paisagem e uma vegetação completamente diferentes das que vemos no Brasil. E o nosso guia, Waian (o nome significa segunda-feira, tipo o colega do Robinsn Crusoe), era muito simpático e fez questão de nos explicar tudo, dando detalhes interessantes sobre a geografia da ilha e detalhes históricos relativos ao vulcão. Pra vcs verem, tao bom que demos ate uma gorjeta, coisa que realmente não eh do nosso feitio! haha

De lá, depois de uma manha inteira de subidas e caminhadas sobre pedras, onde levei aquele tombo que todo mundo conhece, do qual vc levanta rindo mas, no fundo, cheio de vontade de chorar pq doeu muito (hehe), seguimos para o Mother Temple of Besakih, o maior templo hindu de Bali, construído nos anos 1300. Lindo, lindo, lindo. Valeu juntar as forcas que restavam para andar por lá, uma sensação de paz incrível. Só eh uma pena que haja tanta mendicância e nativos tentando vender ate a própria mãe pra ganhar algumas rupias, acaba atrapalhando o sentido religioso do lugar. Mas faz parte, né, e com certeza não chega a ser tão agressivo como no Camboja, onde fiquei realmente impressionada.

E entre um programa e outro, aproveitamos para Almoçar num restaurante bufe de comidas típicas, excelentes pra tirarmos a barriga da miséria protéica que vínhamos enfrentando e já comentei aqui. Amanha seguimos para as ilhas Gili, pertencentes a Lombok, aqui pertinho, que todo mundo que conhecemos disse ter ótimas praias e noites excelentes. Estamos especialmente empolgados com o fato de que amanha tem festa da lua cheia lá, que todo mundo disse que e o máximo. vamos ver!

Eu tinha tanta coisa mais pra escrever, mas meus olhos estão fechando de sono e mL to conseguindo pensar, então eh hora de dormir. Da próxima escrevo melhor, mas enquanto isso não acontece, ficam umas fotos:


Em frente ao templo Tanah Lot


Tomando uma Bintang em Kuta


Nas plantações de arroz de Bali


Dando comida pros macacos famintos do kintamani


Com Waian na cratera do vulcão


Chegando no Besakih

domingo, 4 de março de 2012

Primeiras incursões balinesas

Escrevendo de manha cedinho, enquanto Paula e Daniel ainda dormem. Chegamos em Ubud, um vilarejo no centro de Bali, ontem de noite, depois de um dia passeando pela ilha. Diferente de Kuta, que e cheia de boates e restaurantes famosos, aqui e uma área bem mais tranqüila, que parece ter mais a ver com o antigo espirito balines mesmo. Inclusive, eh o lugar onde a mulher de Comer, Rezar e Amar veio amar...hehe Trata-se de uma ruazinha cheia de lojas e restaurantes, bem bonitinha,de onde saem alguns passeios para outras áreas de ilha, como o vulcão e a monkey town. Mas ainda não tenho muito a dizer sobre o lugar porque chegamos tarde e muito cansados ontem e ainda não tivemos tempo de ver praticamente nada.

Ontem, alias, passamos o dia passeando de carro com o motorista que alugamos para nos levar para dois templos hindus da ilha. O primeiro foi o Tanah Lot, um que fica em uma ilhota no mar, que da para ir andando quando a maré esta baixa. Ir andando até a entrada, porque não e possível entrar lá. Mas o lugar e tão turístico, mas tão turístico, que não se sente qualquer religiosidade lá, parece mais a Disneylandia hindu, com muitas pessoas fotografando e lojas vendendo todo tipo de tranqueira possível. Logo na entrada, inclusive, no caminho que vc vai andando ate a praia, tem ate lojas da Polo Ralph Lauren e Billabong. O que isso tem a ver com o ambiente ou o que deveria ser o clima do lugar? E o templo em si, bem poderia ser la na praia de Itaipu, em Niterói, e ninguém ia dar bola... Haha O segundo templo que visitamos, e esquecemos o nome, no entanto, era bem mais interessante. Menos conhecido e, por isso, bem mais vazio, transmitia uma sensação de relaxamento e paz que dava vontade de ficar deitado nos gramados lindos e super bem cuidados. Os detalhes da arquitetura também eram bem bonitos, dava gosto de ver. E eu achei engraçado que, bem na entrada, tinha uma placa alertando que mulheres menstruadas eram terminantemente proibidas de entrar no templo. Quem verifica?

Depois dos templos,o motorista nos levou para conhecer uma fabrica de café local, porque a Indonésia e um dos principais produtores de café no mundo. Nessa fabrica e produzido o Kopi Luwak, o cafe mais caro do mundo. Ele e feito das sementes extraídas das fezes do mongoose, um coitado de um bicho parecido com um gambá, que passa o dia inteiro numa gaiola comendo sementes de café, que depois saem no coco e são reaproveitadas. Eu achei que fosse ser mais uma daquelas atracões chatas pra vender coisas pra turistas, mas acabou sendo a parte mais legal do passeio. O lugar era lindo, numa região montanhosa cercada de arrozais, parecia que estávamos dentro do cenário de um filme. E foi numa mesa bem rústica, com uma vista incrível para os arrozais, que sentamos para degustar uma xícara do kopi Luwak e de outros tipos de café produzidos lá, como o café com ginseng e o com cacau. O lugar era tão lindo e aprazível que acabamos ficando bem mais tempo do que os outros visitantes, só conversando e pensando na diferença sensível em como o tempo e percebido aqui nessas regiões da Ásia e no ocidente, onde estamos sempre com pressa, correndo de um lado pro outro pra trabalhar e comprar coisas e sem tempo pra parar e pensar em nada direito.

Depois disso tudo, viemos pra Ubud para comer uma refeição realmente decente e sem economia. Isso porque, desde que chegamos,só vínhamos comendo arroz e macarrão, com quase nada de carne e muito pouca sustância. Os pratos são uma miserinha, com muito arroz e uns três pedacinhos de carne que não dão nem pra saída e só servem pra deixar o Daniel irritado com, como ele diz, "a desproporção entre a quantidade de carboidratos e proteínas" no prato. haha determinados a mudar isso, rodamos, rodamos e acabamos decidindo comer o menu do dia de um dos restaurantes chiquezinhos da vila. Por 7 dólares, o prato incluía pato, amendoim, sambal e outras coisas esquisitas que soavam muito gostosas. Mas quando chegou,era um pato magrinho, assado no formato e só faltando ter penas e grasnar na nossa mesa. Nossa cara de decepção deveria ter sido fotografada, deu muita vontade de rir. Destrinchando bem, os 3 pedaços de cane que consegui arrancar ate que estavam bem gostosos, mas aquela não era, definitivamente,a idéia de uma refeição cara e rica em proteínas. haha

Hoje a idéia e sair a pé pelos arredores, visitar a monkey town e ver o que mais Ubud nos reserva. Por incrível que pareça, Bali e uma viagem muito mais cultural, voltada a templos e arte, do que de praia. As praias tem ondas gigantes e boas para o surfe mesmo, e sao muito turisticas, por isso a nossa idéia e conhecer as que ficam mais pro norte da ilha, uma área mais inexplorada. Acho que devemos ir pra lá depois de amanha, ou algo assim, não temos planejado nada e eh assim que eh bom. :)

Ah, estou tentando colocar umas fotos aqui, mas o iPad não quer deixar. Vou tentar convence-lo e, logo que possível, posto aqui!

sábado, 3 de março de 2012

Oi, Bali!

Enfim em Bali, depois de quase 15 horas em um vôo, 8 em outro e mais 2 em outro, isso sem falar nos tempos de espera entre uma escala e outra. Só em dubai foram 5 horas, num aeroporto gigante e super moderno. Lá,inclusive, descobrimos por sorte que a Emirates da um voucher de lanche pra quem vai ter mais de 4h de intervalo entre as conexões. Fica a dica! So que eles não avisam ninguém, e só descobrimos na hora que íamos pagar um jantar, porque somos fuxiqueiros e vimos que as pessoas da fila estavam trocando vouchers lá. Dai rodamos meio aeroporto pra pegar o nosso e ganhar um sanduíche e um refrigerante que, de tão ruins, quase valia a pena não ter ganho.hehe

Mas voltando ao assunto... Chegamos em Bali por volta de meia noite de sexta, mortos de cansaço e sem fazer idéia de onde ficaríamos. Acabamos vindo pra Kuta, a praia mais "badalada" da cidade, por ser mais perto do aeroporto. E um lugar cheio de hotéis caros, lojas chiques, cadeias de restaurantes famosas... Muito turístico, e os hotéis acabam custando bem mais caro do que a gente imaginava. Parece uma mistura esquisita de Búzios com Paraty, mas cheia de templos religiosos, ruelas, motos e casas com uma arquitetura muito interessante. E as pessoas tem o habito de deixar as portas sempre abertas, dai acabamos entrando em algumas achando que eram hostels. Imagino que os turistas devem fazer tanto isso que os moradores já nem ligam mais e acham até graça. Alias, as pessoas são bem simpáticas por aqui, super sorridentes e estão nos tratando muito bem.

Hoje passamos o dia passando pela vila, observando as pessoas e olhando as lojas. Depois sentamos num restaurante na beira da rua para tomar uma Bintang e observar o movimento... E observamos um ratão enorme andando pelo restaurante. Ele foi, voltou, passou por cima do pé de um cliente e depois voltou pro mato. O garçom olhou e riu. Paula ficou tensa pensando se comia lá ou não. Se tem rato andando entre os clientes assim, imagina na cozinha!haha acho que deve ter alguma coisa a ver com o fato de os balineses serem hinduistas e não matarem bicho nenhum. Alias, por falar em hinduistas, o que êh que não se deve fazer de jeito nenhum no primeiro dia da sua viagem de mochila? Comprar uma estatua de madeira grande e pesada de uma divindade hindu, pra ocupar sua mochila inteira e fazer peso o resto da viagem toda. Sim, e o que foi que eu fiz? Exatamente isso: comprei uma cabeça do deus blablabla da dança e da alegria, pesadona, ruim de carregar mas.... Tão linda! Foi amor a primeira vista, vai ficar tão linda na minha parede. :)

E agora de noitinha, pra encerrar o dia, resolvemos fazer uma tradicional massagem balinesa pra relaxar depois de tantas horas de avião. Pexinxamos muito e achamos umas mulheres mt sorridentes que ofereceram massagens bem baratinhas, principalmente pro Daniel. Mas quando chegamos lá, a massagista era tão parecida com o Neymar, que ele capitulou e, depois de uma crise de risos, procuramos outras. A que eu achei ficou segurando a minha bunda o tempo todo enquanto tentava me convencer, dai achei isso Td meio estranho e, depois da experiência bizarra no Camboja, preferi não arriscar. haha Dai acabamos encontrando um lugar bem tranquilo com massagistas normais... Eu e Daniel fizemos massagens corporais e a Paula fez nos pés. Muito bom, custou só 4 dólares pra cada um por uma hora e eu quase entrei em transe. E descobri que existe uma massagem no cabelo... 5 dólares pra alguém te fazer cafuné por uma hora, quero mt voltar lá! haha

Bom, êh isso, saímos da piscina ainda há pouco e vamos jantar agora. Muuuuito cansaço, mas quem se importa? Amanha, dia cheio, visita aos principais templos hinduistas da ilha e praias mais famosas. Postarei fotos aqui!!